Na década de 60 um historiador chamado E.P. Thompson já dizia que o trabalhador não possui apenas a identidade de trabalhador, mas várias identidades, frequentando diversos espaços de sociabilidade. Ele era marxista. Então me assombra muito ver parte da esquerda ignorando isso e caindo em falácias
Na falta do que falar, virou moda entre os "especialistas" repetir que o problema é identitarismo. E de tanta gente repetir virou verdade. pura preguiça de pensar. Acredito que vivemos um momento histórico que tem semelhanças com as decadas de 20 e 30 do século passado.
O culpado pela ascensão do facismo é o neoliberalismo que aumentou as desiguladades sociais. Basta ver o que aconteceu de 1970 para cá, com a redução do poder de compra dos trabalhadoes e a precarização do mercado de trabalho ao mesmo tempo em que aumentava o número de super ricos.
O identitarismo é apenas mais um espantalho, do mesmo jeito que é o fantasma do comunismo, a Rússia, entre tantos que são usados para esconder os verdadeiros culpados.
Como de costume, o identitarismo branco, que não se nomeia, de forma a tentar passar-se por régua, é o cerne da questão e, com ele, o capitalismo.
As outras buscas de resistência através da identidade, ou os outros corpos racializados a partir de sua identidade, não são identitárias (refiro-me a esse sentido expresso por quem os chamam de identitarismo), mas sim o afirmar da sua alteridade.
É mesmo muito fácil culpar os movimentos sociais identitários. Contudo, dá pra chegar a um entendimento de que trabalho, renda, moradia, segurança, saúde e meio-ambiente etc, são as pautas que podem tirar eleitores da direita e diminuir também as abstenções. Entrar nessa narrativa não exclui avanços identitários, pois a dignidade do trabalhador é algo positivo para todos.
Na década de 60 um historiador chamado E.P. Thompson já dizia que o trabalhador não possui apenas a identidade de trabalhador, mas várias identidades, frequentando diversos espaços de sociabilidade. Ele era marxista. Então me assombra muito ver parte da esquerda ignorando isso e caindo em falácias
Há conexão direta e muito boa com o texto sobre a imperatividade de aprender a perder. Afinal, a culpa ao identitário é uma fulga do aprendizado.
Acho que já deveria ser muito claro (e como Calheiros apontou): Não existe nada mais identitário do que o nazismo.
Octavia perturbadoramente atual
Na falta do que falar, virou moda entre os "especialistas" repetir que o problema é identitarismo. E de tanta gente repetir virou verdade. pura preguiça de pensar. Acredito que vivemos um momento histórico que tem semelhanças com as decadas de 20 e 30 do século passado.
O culpado pela ascensão do facismo é o neoliberalismo que aumentou as desiguladades sociais. Basta ver o que aconteceu de 1970 para cá, com a redução do poder de compra dos trabalhadoes e a precarização do mercado de trabalho ao mesmo tempo em que aumentava o número de super ricos.
O identitarismo é apenas mais um espantalho, do mesmo jeito que é o fantasma do comunismo, a Rússia, entre tantos que são usados para esconder os verdadeiros culpados.
Sim. A totalidade vem primieiro do que a identidade. O Ser está antes da Aparência.
Muito bom o texto!
Como de costume, o identitarismo branco, que não se nomeia, de forma a tentar passar-se por régua, é o cerne da questão e, com ele, o capitalismo.
As outras buscas de resistência através da identidade, ou os outros corpos racializados a partir de sua identidade, não são identitárias (refiro-me a esse sentido expresso por quem os chamam de identitarismo), mas sim o afirmar da sua alteridade.
É mesmo muito fácil culpar os movimentos sociais identitários. Contudo, dá pra chegar a um entendimento de que trabalho, renda, moradia, segurança, saúde e meio-ambiente etc, são as pautas que podem tirar eleitores da direita e diminuir também as abstenções. Entrar nessa narrativa não exclui avanços identitários, pois a dignidade do trabalhador é algo positivo para todos.
...isso é Socialismo Científico esquerda?? Quem cunhou o termo mesmo? Em que ano?